Prefeitura de Maringá
Homicídio

Assassinos de Jhow Jhow são condenados em Sarandi

Jhonathan Felipe, vulgo Jhow Jhow, foi morto por disparos de arma de fogo em 19 de março de 2021, na Rua Coxim, no bairro Jardim Esplanada, em Sarandi. A vítima foi atingida por pelo menos 12 disparos. Um cão de guarda acabou sendo morto também na ação delituosa. Um Gol de cor branca e com placas adulteradas foi utilizado pelo bando . 

Lucas dos Santos, vulgo caixote, de 30 anos – autor dos disparos contra Jhow Jhow, foi quem matou o cão pit bull da casa, violou a tornozeleira eletrônica no instante do crime para cometer o homicídio. Condenado a 30 anos de prisão.

Fotos de Assassinos de Jhow Jhow são condenados em Sarandi

Lucas Loan Ferreira Schukes, de 22 anos, vulgo Lucão, motorista do VW Gol utilizado na ação e responsável pelo abandono do carro. Condenado a 26 anos de prisão

Fotos de Assassinos de Jhow Jhow são condenados em Sarandi

Caio Cieczinski Lopes, de 22 anos – mentor intelectual do crime. Com ele foi encontrada uma das armas do crime, durante uma operação Polícia Civil de Sarandi e Pelotão de Choque. Condenado a 21 anos de prisão. 

Fotos de Assassinos de Jhow Jhow são condenados em Sarandi

Leandro Rosa de Queiroz, de 21 anos, vulgo Lê Cadela – envelopou tornozeleira para praticar o crime, estava no carro utilizado pelos criminosos, preso com uma pistola. Condenado a 19 anos de prisão. 

Fotos de Assassinos de Jhow Jhow são condenados em Sarandi

O excelente trabalho dos investigadores, sob o comando do delegado Doutor Adriano Garcia, foram cruciais para que os assassinos fossem condenados. 

Relembre o crime 

Na manhã do dia 14 de maio de 2021, a Polícia Civil de Sarandi, sob o comando do Delegado Doutor Adriano Garcia com apoio de equipes da Polícia Militar de Maringá e da Guarda Municipal de Sarandi cumpriram mandados de buscas e de prisão em Maringá e Sarandi, 4 mandados de prisão preventiva e 5 mandados de busca e apreensão domiciliar, na 2ª Fase da Operação Madrugada de Terror, em alusão ao homicídio que vitimou Jhonathan Felipe, vulgo Jhow Jhow, no dia 19 de março na Rua Coxim, no Jardim Esplanada, em Sarandi. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Sarandi. Dois dos indivíduos já haviam sidos presos com as armas utilizadas no crime.

Durante o trabalho de investigação, seis envolvidos, todos integrantes de uma facção criminosa atuante no tráfico de drogas em Sarandi, foram identificados.

São eles; Caio Cieczinski Lopes, 20 anos (preso), Leandro Rosa de Queiroz, de 20 anos – vulgo Lê Cadela, (preso) Lucas dos Santos, de 25 anos vulgo Caixote, (preso hoje) Lucas Loan Ferreira Schukes, de 20 anos vulgo Lucão, (foragido), André Gustavo de Jesus do Nascimento, vulgo Chiquinho, Adolescente, de 17 anos.

De acordo com as investigações, o assassinato foi planejado por Caio Cieczinski Lopes, de 20 anos. Os investigadores descobriram que madrugada do dia 19 de março, o grupo se reuniu em uma residência localizada na Rua Josefina Maria de Jesus, Jardim Independência III, de onde saíram para executar o plano para matar Jow Jow, que havia criado um perfil fake em uma rede social para ameaçar seus desafetos, entre eles Caio Cieczinski.

Cronologia do crime: a sequência de acontecimentos descobertos pela polícia no caso.

1 – Por volta das 04h40 do dia 19 de março de 2021 – horário estimado do crime registrado no B.O, um automóvel VW/ GOL, de cor branca, em cujo interior segundo as investigações estavam um adolescente e outras duas pessoas, com exceção do motorista todos portavam armas de fogo. O veículo transita lentamente pela Rua Nova Londrina esquina com a Rua Coxim, próximo à casa da vítima, conforme gravação de câmeras de monitoramento de um mercado próximo – horário de 05h13m04s registrado na gravação do vídeo.

2 – A essa altura, Lucas dos Santos, de 25 anos vulgo Caixote (preso hoje), já havia desembarcado do veículo e percorrido o trecho restante até a casa da vítima a pé, aparecendo na gravação pela primeira vez às 05h13m23s, na parte superior e à direita do vídeo caminhando em direção à esquina com a Rua Nova Londrina. Certamente assim agiu para constatar se, naquele instante, havia “condições propícias à execução do plano delituoso” (ex. vítima e familiares dela estavam dormindo? Havia pessoas na rua? etc.).

3 – Às 05h13m40s, (Seq. 23.1), Lucas dos Santos, vulgo Caixote, observa um carro trafegando no sentido inverso e, logo depois, se desloca para a frente da casa da vítima Jhow Jhow.

4 – Às 05h13m53s o (mesmo) veículo VW/ GOL, em cujo interior um adolescente já internado no CENSE por envolvimento em outro homicídio; Leandro Rosa de Queiroz, de 20 anos – vulgo Lê Cadela, e Lucas Loan Ferreira Schukes, de 20 anos vulgo Lucão (motorista), retorna pela mesma Rua Nova Londrina e às 05h13m59s entra à esquerda na Rua Coxim, virando à direita em seguida (05h14m05s) e indo em sentido à casa em que residia Jhonathan Felipe, vulgo Jhow Jhow (05h14m08s), momento a partir do qual os episódios que se sucedem não mais foram gravados por câmeras de monitoramento.

5 – de acordo, com fotografias que fazem parte do laudo pericial, o portão da residência foi danificado de tal forma, que se permite concluir que o carro empregado na ação, de fato, foi utilizado (também) para deslocar o portão, permitindo o ingresso dos criminosos no local com relativa facilidade.

6 – Conforme observação do laudo pericial nº 27.098/ 2021 – exame em local de morte (Seq. 1.25) – ” (…) sobre a calçada pública em frente à residência (…), bem como no interior da correspondente propriedade, constatou-se a presença de 22 cápsulas deflagradas (estojos) e 5 projéteis de munição de arma de fogo, as quais foram devidamente enumeradas e fotografadas (vide imagens 04 a 31)”, correspondentes aos calibres 9 mm Luger (ou Parabellum) e.380 ACP (American Colt Pistol), a indicar dezenas de disparos efetuados em via pública antes da entrada na residência da vítima.

7 – Aliás, os criminosos nesses disparos teriam atingido a grade do portão (04 vezes), porta de entrada (01 vez), vidro da janela do quarto (01 vez), janela do quarto (04 vezes) e fachada da residência (03 vezes).

8 – Uma cachorra pit bull que estava solta no quintal também foi atingida por disparos, que, de acordo com a investigação teriam sido efetuados pelo preso Lucas dos Santos, vulgo Caixote.

9 – Lucas dos Santos, vulgo Caixote, foi quem entrou na residência e localizou a vítima escondida na cozinha atrás da geladeira, ato contínuo efetuou disparos de arma de fogo contra Jhonathan Felipe, ocasionando-lhe a morte.

10 – Cumprida a finalidade ” principal”, matar a vítima, a chave de fenda de cabo amarelo que era transportada por Lucas dos Santos, vulgo Caixote teria sido também utilizada para rasgar o sofá (certamente estavam à procura de ou outras armas ou de dinheiro), tendo sido esse objeto abandonado no local do crime

11 – Além de aterrorizar a esposa da vítima e a filha do casal, a qual assistiu ao pai ser morto, bem como matar a Pit Bull da família com 3 disparos, em fuga, na esquina da Rua Coxim com a Rua Aquidauana, 07 (sete) disparos de arma de fogo teriam sido efetuados com uma outra pistola calibre 9 mm, ato com nítido propósito de intimidação da população.

12 – Na sequência, todos ingressam no veículo e empreenderam fuga no automóvel VW/ GOL, de cor branca, em horário estimado das 05h00/ 05h10 – presunção de que no máximo os autores tenham levado 10-20 min para prática de todas as ações, do início ao fim.

13 – O local do crime evidenciava verdadeiro cenário de terror, poucas vezes assim visto por esse Delegado de Polícia, com presença de sangue da vítima e do cão ferido em vários locais, inclusive em roupas de cama, misturadas a fezes caninas. Familiares amedrontados, passando mal e uma criança (filha) que parecia conformada com o fim do genitor. Poucos vizinhos às ruas, um clima pesado e ausência de informações.

14 – Por volta das 10h00, o veículo VW/ GOL, de cor branca, utilizado na ação criminosa, foi localizado por uma equipe da PM, “em estado de abandono, com as chaves na ignição”, na Rua Mário Gealh, Jardim Ibirapuera, Maringá/ PR, próximo ao limite com Sarandi/ PR, o qual estava com as placas AXC-4301. Na grade superior do capô havia um estojo de calibre 9 mm Luger, idêntico ao utilizado no crime. Ali mesmo, PM’s constataram que a placa aposta (AXC-4301) era adulterada e que a placa verdadeira era AXE-9747, bem como que se tratava de veículo produto de roubo ocorrido em Maringá/ PR em 05-03-2021.

15 – Foi adequadamente feita a preservação do local para que Papiloscopista coletasse evidências no local, o que foi requisitado. Interessante salientar que sobre o assoalho do banco do carona, ao lado do condutor, haviam 02 (duas) balaclavas.

16 – O veículo foi devidamente apreendido, sendo restituído ao proprietário após prestar depoimento, de acordo com o qual: “na data de 05/03/2021 foi até o Supermercado Cidade Canção, localizado na Avenida Brasil, 7225, Zona 05, em Maringá-PR e estacionou seu veículo em via pública; que, por volta das 19h20 estava indo embora e quando se aproximou de seu veículo, já com as chaves em mãos, um indivíduo alto, magro, pardo, aparentando aproximadamente vinte e cinco anos e trajando blusa com capuz cinza escuro, máscara e calça jeans, se aproximou já com uma arma em punho e disse ao declarante: “Perdeu, perdeu. Passa a chave do carro, vira e vai embora andando senão eu atiro”; que percebeu que o indivíduo estava com um revólver cromado”.

17 – O laudo de exame de necropsia se encontra juntado, tendo sido anotado pelo médico legista a presença de 12 (doze) ferimentos característicos de bordas invertidas (entrada do projétil) e um característico ferimento ” de raspão”. A maior parte dos disparos atingiram-lhe a cabeça. Os ferimentos em mãos podem ter sido decorrentes de ato de autodefesa (reflexo).

18 – No final da noite do dia 19-03-2021, André Gustavo de Jesus do Nascimento e outras pessoas foram surpreendidas por policiais civis e militares na residência da Rua Josefina Maria de Jesus, nº 523, Jardim Independência III, Sarandi/ PR, onde foi localizado uma arma de fogo e drogas (crack e cocaína), conforme APFD nº 55.223/ 2021, sendo presos em flagrante naquela ocasião André Gustavo de Jesus do Nascimento, conhecido por Chiquinho, pelo envolvimento no homicídio de Jhonathan Felipe (Jhow Jhow); e Leandro Felipe da Silva Marculino, vulgo Lê, pelo mesmo crime e também por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. A prisão em flagrante deles foi convertida em preventiva. Os dois réus foram colocados em liberdade recentemente.

19 – No dia 25 de março de 2021, após policiais civis receberem informação de que as armas de fogo utilizadas no homicídio de Jhonathan Felipe, além de autores, estariam no Residencial Santa Clara, situado na Rua Jorge Benedito Seraval, no Jardim Guairaca, em Maringá, foi solicitado auxílio de militares do Pelotão de Choque do 4º BPM, que conjunta e integralmente prestaram-nos pronto apoio. Enquanto policiais civis fizeram o “perímetro externo”, policiais militares do Pelotão de Choque, ingressaram no imóvel (apartamento) e lá localizaram e apreenderam em flagrante Leandro de Rosa Queiroz, vulgo Lê cadela, e Caio Cieczinski Lopes, que estavam em posse de 02 (duas) pistolas de calibre 9 mm Parabellum (ou Luger) – Marca Diamond e Taurus, e 38 (trinta e oito) invólucros de “cocaína” (total de 48 gramas), sendo autuados em flagrante por este Delegado de Polícia pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e tráfico de drogas. Além das armas e drogas, foram localizadas no apartamento onde os presos estavam três balaclavas. As prisões em flagrante de Lê cadela, e Caio Cieczinski foram convertidas em preventivas.

20 – Foi pedido judicialmente que o DEPEN informasse dados das tornozeleiras eletrônicas utilizadas por Lucas dos Santos e Leandro Rosa de Queiroz, vulgo Lè Cadela, sendo constatado que ambas as tornozeleiras antes, durante e após o crime estavam sem sinal, indicativo claro que para a Polícia Civil significaria que eles teriam ” envelopado” tornozeleiras eletrônicas

21 – Laudo de confronto balístico confirmou que ambas as armas de fogo -pistolas Taurus calibre 9mm, nº de série TGZ48099, e Diamond calibre 9 mm, nº de série FA6046, apreendidas no APFD foram utilizadas no homicídio de Jhow Jhow. Com uma delas teriam sido efetuados 14 disparos; com a outra 13 disparos, todos com confronto positivo.

22 – Uma terceira arma, uma pistola.380 não foi apreendida.

23 – Laudo do Instituto de Identificação constatou a digital de uma pessoa que teria trocado a placa dianteira do veículo utilizado na ação, em cujos endereços em Maringá foram cumpridas buscas no início da manhã de hoje.

24 – Verificou-se que após o crime, os quatro ocupantes foram para a Rua Brasília, duas das pessoas presas moram nesse endereço, de lá teriam sido pedidos dois UBER’s para o Jardim Independência – Rua Josefina Marina de Jesus. de lá também, Lucas dos Santos foi ” abandonar ” o veículo em Maringá, próximo da divisa com Sarandi.

25 – Em resposta, a Uber, não foram confirmados os pedidos da Uber.

26 – A conduta de cada um desses ” atores” foi(ram) a(s) seguinte(s):

– Caio Cieczinski Lopes foi quem teve a ideia de prática do crime e assim reuniu os demais (ou alguns deles). Estava no imóvel onde localizadas as armas utilizadas no crime e drogas; e também era o responsável pela residência de onde partiu o veículo utilizado no crime;

– O adolescente cooptado pelo bando estava no veículo subtraído e participou ativamente da ação dos disparos (conforme laudo foram empregadas uma pistola.380 ACP e duas 9 mm);

– Leandro Rosa de Queiroz, vulgo Lê Cadela, estava no veículo subtraído, envelopou a tornozeleira que utilizava e participou ativamente da ação dos disparos (conforme laudo foram empregadas uma pistola.380 ACP e duas 9 mm), além de ter sido preso com Caio Cieczinski Lopes em posse de drogas e das pistolas utilizadas no crime;

– Lucas dos Santos, vulgo Caixote, foi quem adentrou à residência da vítima e efetuou os disparos, usava tornozeleira e a envelopou para o cometimento do crime;

– Lucas Loan Ferreira Schukes foi o motorista do grupo e quem bateu contra o portão, facilitando a invasão à residência da vítima.

Enfim, não encontrando qualquer resistência, invadiram a casa da vítima durante o repouso noturno, aterrorizaram psicologicamente a família da vítima e efetuaram dezenas de disparos que poderiam certamente feri-los ou a vizinhos, que nada tinham a ver entre a guerra de grupos de traficantes rivais. Na execução em si, revelou-se como tamanha a crueldade pelo fato de os disparos em sua maioria terem acertado-na na região da cabeça, um plus em execuções, expressão de humilhação, menoscabo a mais para com a vida alheia. Não satisfeitos, atingiram um animal, que morreu no dia seguinte.

A residência da vítima mais parecia cenário de filme de terror, com vestígios de sangue por toda a parte e a ” cena” poderia até mesmo confundir a nós, acaso não tivéssemos travado contato com esses autos de inquérito policial. E não parou por aí, na esquina da Rua Coxim com a Rua Aquidauana efetuaram sete disparos de arma de fogo para o alto, com o nítido e claro propósito de silenciar TODOS que sequer tivessem a intenção de delatá-los: uma ação de tamanha audácia !!!!

27 – Todos os presos contam com diversos indicativos criminais.

28 – Uma das pistolas apreendidas também foi confirmada pela perícia que foi utilizada em um homicídio em Marialva, na data de 17/03/2021. Relembre aqui

29 – A Polícia segue investigando para chegar ao mandante do crime, localizar a pistola.380 e relação com outros homicídios.

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Theddy Gonçalves

O Plantão Maringá é um site fundado no final de 2017, pelo repórter cinematográfico Theddy Gonçalves que se especializou em notícias policiais.

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