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Caso Icaraíma: três meses após as mortes, família cobra respostas e polícia defende sigilo nas investigações

Três meses após a morte de quatro homens em Icaraíma, na região de Umuarama, no Paraná, a família das vítimas voltou a cobrar respostas das autoridades e a afirmar que o caso não avançou como esperado. A advogada dos familiares, Josiane Monteiro Bichet, declarou nas redes sociais que até agora ninguém foi preso e que o silêncio do poder público causa indignação e revolta.

“São três meses de angústia, de dor e principalmente de silêncio e falta de resposta por parte das autoridades. A família das vítimas continua esperando justiça”, afirmou. Segundo ela, o caso ganhou repercussão nacional e a demora na responsabilização dos autores alimenta a sensação de impunidade. “Se a justiça falhar nesse caso, amanhã as vítimas poderemos ser nós”, disse.

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Questionada nesta quarta-feira, 5, a Polícia Civil de Umuarama respondeu aos novos questionamentos sobre o andamento das investigações. A corporação informou que dois dos homens mortos, Rafael e Robishley, tinham passagens anteriores pela polícia em diferentes anos, enquanto Diego não possuía registro de prisão. O levantamento das informações, segundo a PC, foi necessário após surgir a hipótese de possível ligação das partes com o crime organizado — hipótese que ainda não está confirmada e segue sendo apurada.

A polícia também afirmou que o momento exato das mortes e a dinâmica do crime ainda dependem da conclusão de laudos periciais, e que divulgar informações antes da análise completa poderia resultar em erros. Sobre críticas envolvendo sigilo e demora, a instituição disse que o segredo de justiça visa garantir o êxito da investigação e evitar que suspeitos tenham acesso às linhas de apuração.

Segundo a Polícia Civil, casos complexos podem levar meses ou até mais de um ano para serem concluídos, e a prioridade é chegar a um resultado consistente para garantir responsabilização criminal. “Cada investigação tem sua própria peculiaridade e não é possível estabelecer um prazo certo para cada caso”, reforçou a corporação.

VIA GMC-ONLINE