O delegado Diego Almeida, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Maringá, confirmou que os autos da investigação sobre o desaparecimento de Luiz Gustavo Mazurquini, de 41 anos, foram oficialmente remetidos ao Grupo TIGRE, unidade especializada da Polícia Civil sediada em Curitiba e responsável por apurar casos de sequestro e desaparecimento com indícios de restrição de liberdade.
Segundo o delegado, como o corpo da vítima ainda não foi localizado, o caso é tratado, tecnicamente, como um possível sequestro ou desaparecimento forçado, motivo pelo qual a competência passa a ser da equipe especializada.
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A DHPP de Maringá seguirá dando suporte às investigações, repassando todas as informações já levantadas, enquanto o Grupo TIGRE conduz as diligências e define as linhas investigativas prioritárias. A defesa de pessoas citadas no caso afirma acompanhar o procedimento e declara “total respeito ao trabalho das autoridades”.
Imagens reforçam suspeita de sequestro
A Polícia Civil analisa imagens de câmeras de segurança que reforçam a suspeita de que Luiz Gustavo tenha sido sequestrado na manhã de quarta-feira (4). As gravações, obtidas pelo Plantão Maringá, mostram o empresário sendo fechado por um caminhão-plataforma no Conjunto Três Lagoas. Na sequência, um segundo veículo se aproxima e homens armados descem, rendem Luiz e o obrigam a entrar no carro.
Os dois automóveis deixam o local em alta velocidade pela marginal do Contorno Norte. As imagens não foram divulgadas à imprensa.
Uma testemunha relatou ao repórter Índio Maringá, da Rede Massa, que dois carros e um caminhão participaram da ação criminosa. Horas antes, câmeras haviam registrado Luiz saindo de casa para levar o filho à escola. Depois disso, ele não foi mais visto.
Veículo encontrado em fundo de vale
Na manhã de segunda-feira (10), o carro da vítima — um Audi Q3 — foi localizado em um fundo de vale no Conjunto Cidade Alta 2. O veículo estava trancado. Uma grande quantidade de moscas próxima ao porta-malas levantou suspeitas, e um chaveiro foi acionado. Nenhum corpo ou objeto ilícito foi encontrado.
Peritos do Instituto de Identificação coletaram digitais e outros vestígios para exames periciais.
Contato no dia seguinte e motoboy misterioso
A família relatou que Luiz ainda manteve contato com a namorada no dia seguinte ao desaparecimento. Depois disso, deixou de responder mensagens e atender ligações.
Outro ponto investigado é o relato de que um motoboy teria ido à casa dos pais da vítima afirmando que Luiz havia sido sequestrado. O homem estava bastante alterado, deixou o local rapidamente e não forneceu detalhes, o que aumentou o mistério em torno do caso.
Possível ligação com roubos e tentativa de PIX
O delegado Diego Almeida confirmou que uma das linhas de investigação considera a possibilidade de o desaparecimento estar ligado a roubos de cargas registrados na região, envolvendo eletrônicos, cigarros e drogas. A família, no entanto, nega veementemente qualquer relação de Luiz com atividades criminosas.
Outro indício em apuração é a tentativa de criminosos de realizar um PIX utilizando o celular da vítima. A transação foi bloqueada pelo gerente do banco após levantar suspeita. O destino seria uma pessoa da cidade de Guaíra, reforçando a hipótese de que Luiz possa ter sido levado para a região de fronteira, possivelmente em direção ao Paraguai.
Investigação continua
As imagens que mostram o abandono do veículo já estão com os investigadores, que tentam identificar o homem flagrado e esclarecer as circunstâncias do desaparecimento.
A família pede apoio da população, que pode repassar informações de forma anônima pelos canais oficiais: Disque-Denúncia 181 ou Polícia Militar 190.














