No segundo trimestre, o setor da construção civil registrou um crescimento de 3,5%. A plataforma de prospecção de obras Intec Brasil elaborou um ranking com as 10 maiores construtoras do País levando em conta a metragem construída e duas delas têm forte atuação em Maringá: o Grupo Plaenge, que aparece em sexto lugar na lista, com 2.035.694.61 metros de área construída, e a A Yoshii Engenharia, que está em décimo lugar, fechando o ranking, e ocupa a posição pela primeira vez, com metragem de 1.216.891,47.
As duas empresas nasceram em Londrina. A A.Yoshii, fundada há 58 anos, atua em Maringá desde 2010 e já fez 23 lançamentos na cidade, além de ter, atualmente, sete empreendimentos sendo construídos no município simultaneamente, gerando cerca de 600 postos de emprego. “Participar do ranking das maiores empresas do Brasil é um motivo de orgulho e também de muita credibilidade, e isso a gente conquista ao longo dos anos. Ao longo de todos esses anos de história, sempre entregamos obras no prazo, nunca tivemos atraso. Mesmo com pandemia, com todas as dificuldades, a gente conseguiu cumprir tudo o que tinha sido acordado com os clientes. Promessa feita, promessa cumprida é um dos nossos lemas por aqui”, diz o superintendente da A.Yoshii Maringá, Marcio Capristo de Oliveira.
Os planos de expansão da empresa na cidade incluem um lançamento na Zona 3 e também no Eurogarden. “Nós já estamos lá com o terreno e pretendemos lançar no ano que vem. é muito prazeroso estar presente em um empreendimento como esse”, diz Oliveira. A Avenida Guedner, na Zona 8, que já tem vários empreendimentos da construtora, também está nos planos para os próximos anos. Além de Maringá, a empresa atua em Londrina, Curitiba e Campinas (SP) na área habitacional.
Já o Grupo Plaenge nasceu em 1970 e começou com pequenas obras até que, com pouco mais de um ano após a fundação, executou a obra de um centro de distribuição da Coca-Cola e se especializou em obras industriais, abrindo filiais no Rio de Janeiro e em Curitiba. Nos anos 1980, com um volume maior de obras de incorporação já desenvolvidos em Londrina, esse braço da empresa foi levado à Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS). A empresa só passou a atuar em Maringá em 2008. Depois, ainda seguiu para Joinville (SC), Porto Alegre (RS) e, mais recentemente, São Paulo (SP). O Grupo também atua em quatro cidades no Chile.
Hoje, somando todas as cidades onde atua, o Grupo Plaenge tem 83 obras em execução simultaneamente na incorporação residencial de médio e alto padrão, desde estúdios de 30 m2 até apartamentos de 500 m2 de área privativa, que se tornou o maior negócio da empresa, à frente das obras industriais. Hoje são 24 empreendimentos lançados pelo Grupo em Maringá, sendo que o décimo sexto será entregue no final deste ano. Nove obras da Plaenge estão em execução na cidade, com 500 funcionários próprios e mais 500 terceirizados trabalhando nas obras.
Para o ano que vem, a expectativa é lançar mais três empreendimentos no município. “A perspectiva do mercado imobiliário de Maringá é bem positiva. A gente vê que é uma cidade bem pujante. A gente tem muito dinheiro ligado ao agro rodando na cidade. O agro indo bem, a cidade vai bem. Isso é um ponto bem positivo que a gente tem visto nos últimos anos”, diz Leonardo Fabian, gerente regional da empresa.
A preocupação é com a economia nacional. “Com o aumento da taxa de juros, que é algo que está se cogitando para o futuro, isso pode, eventualmente afetar o crédito imobiliário para o cliente final, e se o crédito encarece, isso dá uma atrapalhada na hora das vendas. Mas a tendência para os próximos anos, se não tivermos nenhuma novidade muito drástica, é continuar nessa crescente. Também estamos aumentando o volume em outras cidades”, explica Fabian, ressaltando que a empresa já está no top 10 do ranking nacional há alguns anos. “Justamente por atuar em várias cidades e várias frentes, a gente consegue ter um volume muito grande de obras ao mesmo tempo. E é uma alegria estar no ranking porque é uma forma de mostrar que nós estamos no caminho certo. Se nós estamos conseguindo aumentar volume, sendo uma empresa lucrativa, dando resultado, é porque os clientes também estão acreditando no nosso negócio”, finaliza.
O ranking das maiores construtoras
A plataforma Intec Brasil , que elabora o ranking anualmente, reúne mais de 19 mil obras catalogadas, entre construções residenciais, comerciais e industriais. O ranking considerou a soma da metragem dos projetos efetivamente trabalhados durante 2023, não consideradas obras como revitalizações, pavimentações, saneamento e outras de infraestrutura. Também não são consideradas as construtoras com histórico de envolvimento em escândalos políticos, tragédias por imprudência ou trabalho escravo.
O levantamento inclui, ao todo, 100 construtoras, que somadas, totalizaram um crescimento de 13,57% em área construída, passando de pouco mais de 49 mil metros quadrados na edição de 2023 para 55,6 mil m2 em 2024. Informação GMC Online