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Execução em Maringá teria ligação com tráfico de drogas, diz delegado

A Polícia Civil investiga o assassinato de Gabriel Valentim Corrêa, de 26 anos, executado a tiros na madrugada desta segunda-feira, 28, em Maringá, como mais um caso de execução com possível ligação ao tráfico de drogas. O crime aconteceu em uma residência na Rua Simão Busato, no Conjunto Karina. Durante a ação criminosa, a enteada da vítima, uma adolescente identificada como Wendi Marie, também foi baleada no joelho.

De acordo com o delegado Diego Almeida, da Delegacia de Homicídios, os primeiros levantamentos no local indicam que o alvo da ação era exclusivamente Gabriel. A enteada teria sido ferida de forma colateral. “Tudo indica que o alvo era a vítima que acabou morrendo no local. Infelizmente, a enteada foi atingida também, mas pelas características, ela não era o alvo dos executores”, explicou o delegado.

Segundo relato da esposa da vítima à polícia, o casal estava na sala quando Gabriel ouviu barulhos vindos do portão. Ao sair para verificar, os disparos começaram. A vítima tentou correr para dentro da casa, mas foi perseguido e morto com diversos tiros, a maioria na região da cabeça. A mulher relatou que viu dois homens, mas apenas um teria efetuado os disparos diretamente contra o companheiro.

A investigação trabalha com a hipótese de execução relacionada ao tráfico de drogas. “A principal linha neste momento é de que se trata de um caso envolvendo o tráfico, seja por dívida, disputa de território ou mesmo uso de entorpecentes”, disse o delegado. A companheira da vítima relatou que os dois eram usuários de maconha e enfrentavam dificuldades financeiras, vivendo de auxílio de familiares e de programas sociais. A família de Gabriel é do interior de São Paulo.

Durante a perícia técnica, foram encontradas 21 cápsulas deflagradas no imóvel, calibres 9 mm e .380. O delegado confirmou que a tentativa de homicídio contra a jovem também será investigada. “Ainda que ela não fosse o alvo principal, o autor assumiu o risco ao atirar naquela direção. Para nós, isso configura tentativa de homicídio”, afirmou. O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios de Maringá. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.