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Gaeco faz busca e apreensão na casa de empresário suspeito de cobrar propina para corte de árvores em Maringá

O Ministério Público do Paraná e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 23, a segunda fase da Operação PIX, que investiga crimes de corrupção praticados por servidores públicos da área de arborização da Prefeitura de Maringá. A primeira fase ocorreu em 19 de setembro de 2024.

Fotos de Gaeco faz busca e apreensão na casa de empresário suspeito de cobrar propina para corte de árvores em Maringá

Na operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de um empresário maringaense, suspeito de ter praticado crimes de corrupção em pelo menos 15 oportunidades. Segundo o Ministério Público, ele pagava propina a servidores públicos para poder furar a fila de protocolos de poda e remoção de árvores. Os nomes dos envolvidos não foram revelados.

Os pagamentos normalmente eram feitos por Pix, daí o nome da operação. São investigados possíveis crimes de corrupção e concussão e crimes ambientais, além de atos de improbidade administrativa. Durante o cumprimento do mandado, expedido pela 4ª Vara Criminal de Maringá, foram apreendidos celular, notebook e documentos. O material será periciado e deverá subsidiar as investigações.

12 crimes de corrupção

Já como resultado das investigações, será oferecida a primeira denúncia, com a imputação de 12 crimes de corrupção ativa a quatro servidores públicos. Ainda tramitam dois procedimentos investigatórios criminais decorrentes desta operação, que apuram mais 15 fatos suspeitos de enquadramento como crimes de corrupção.

O que diz a prefeitura?

A Prefeitura de Maringá informou que não irá se manifestar sobre o assunto, uma vez que os fatos em questão referem-se à gestão anterior.

Por meio de nota da assessoria de imprensa, o ex-prefeito de Maringá, Ulisses Maia ressaltou que “a apuração referente à denúncia de propina no serviço de arborização foi aberta ainda durante a sua gestão, demonstrando o compromisso com a transparência e a ética”. E que os servidores de carreira acusados foram afastados preventivamente de suas funções e instaurado um Processo Administrativo Disciplinar. Afirmou ainda que, até aquele momento, a administração não tinha conhecimento do suposto envolvimento de empresários no esquema.