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Homem que invadiu pensionato, matou estudante e feriu outros dois é baleado pela Polícia Militar após invadir SESI de Maringá

Um homem de 33 anos foi baleado por policiais militares do 4º Batalhão na manhã desta terça-feira (19), em Maringá, após invadir uma unidade do Sesi que presta serviços de Medicina do Trabalho. O suspeito foi identificado como Osvaldo dos Santos Pereira Júnior, que em 2019 matou o estudante universitário Orivaldo José da Silva Filho, de 22 anos, dentro de um pensionato na Zona 7.

De acordo com o tenente Eduardo Cortez, da Polícia Militar, o homem teria ido até o local para realizar um exame demissional, portando duas facas. Ao chegar, assediou duas mulheres que estavam no ambiente. Um terceiro indivíduo tentou intervir, momento em que Osvaldo sacou as armas brancas e o ameaçou.

“Ele chegou a entrar na sala para realizar o exame. Durante esse período, a equipe policial foi acionada. Quando os policiais chegaram ao local, pediram para que ele se levantasse e saísse da sala onde estava com o psicólogo. Nesse momento, ele sacou as facas e partiu em direção à equipe”, relatou o tenente.

Os militares reagiram e efetuaram disparos. Osvaldo foi socorrido por profissionais da própria instituição até a chegada do Samu, que realizou a intubação antes da remoção ao hospital. Segundo testemunhas, o homem apresentava comportamento alterado, falas desconexas e sinais de uso de drogas.

Histórico criminal

O episódio remete a outro caso de grande repercussão em Maringá. Na madrugada de 17 de março de 2019, Osvaldo invadiu um pensionato na Rua Mandaguari, Zona 7, e atacou estudantes com uma faca. As vítimas foram surpreendidas enquanto dormiam.

Dois jovens conseguiram escapar, mas o estudante de química Orivaldo José da Silva Filho, natural de São Paulo, foi atingido por diversos golpes e morreu no local. O agressor chegou a perseguir as demais vítimas pelas ruas e tentou invadir outros cômodos do pensionato, mas foi contido pela Polícia Militar, que apreendeu a faca utilizada no crime.

Na época, mensagens encontradas em seu celular faziam menção a “terrorismo religioso”, “alienígenas” e “extraterrestres”.

Julgamento

Em 2021, durante julgamento, a Justiça considerou que Osvaldo sofria de doença mental e era incapaz de compreender a gravidade dos atos. Por essa razão, foi absolvido e teve determinada a internação em hospital de custódia para tratamento por três anos.