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Maringá registra 9 mortes em 21 dias em acidentes de trânsito

De 30 de outubro a 20 de novembro, Maringá registrou nove mortes no trânsito — uma média de uma morte a cada 56 horas. Os dados foram levantados pelo Plantão Mairngá com base em boletins policiais, informações hospitalares e registros da PRF, PM e Semob.

A sequência de acidentes fatais revela um cenário preocupante: imprudência, excesso de velocidade, conversões irregulares, manobras perigosas, pneus danificados, fuga de motoristas envolvidos e uso inadequado de equipamentos de segurança.

A seguir, a reportagem lista os casos.


A sequência de mortes

30 de outubro – Motociclista morre após 6 dias internado

O motociclista Célio Aparecido dos Santos, 67 anos, morreu na UTI da Santa Casa após colidir com um ônibus da TCCC no cruzamento das avenidas Paiçandu e Laguna. Imagens mostram o ônibus avançando a preferencial da moto. Célio foi arremessado e sofreu múltiplos traumas.


1º de novembro – Condutor morre ao colidir com caminhão no Contorno Sul

Everton Cesar Ferreira Neves, 42 anos, morreu na Avenida Sincler Sambatti após perder o controle do Celta e rodar na pista. O carro foi atingido lateralmente por um caminhão. Ele morreu antes da chegada do socorro. A Polícia Científica investiga as circunstâncias.


8 de novembro – Motociclista morre na Morangueira ao atingir caminhonete

O jovem João Pedro Farias Maia, 27 anos, morreu após colidir com uma F1000 na Avenida Morangueira.
Segundo testemunhas, a caminhonete realizava retorno quando ocorreu o impacto. João Pedro foi arremessado ao canteiro central e entrou em parada cardiorrespiratória, não resistindo.


9 de novembro – Motociclista morre após pneu estourar na Avenida Colombo

O motociclista Guilherme Rodrigues da Silva Neto, de 22 anos, sofreu queda violenta após o pneu dianteiro estourar. Com capacete aberto, teve trauma facial grave e entrou em parada cardiorrespiratória. Foi reanimado, intubado, mas morreu horas depois na Santa Casa. Ele havia viajado no dia anterior e já enfrentado problemas com o mesmo pneu.


14 de novembro – Médico e piloto morre carbonizado na Avenida Itororó

O oftalmologista e piloto Fabio Massaiti Tokunaga, de 52 anos, morreu carbonizado após capotamento que envolveu três veículos. Com o forte impacto, o Honda Civic pegou fogo. Tokunaga estava inconsciente e não conseguiu sair.
O caso comoveu a comunidade maringaense.


25 de outubro (óbito em 8/11) – Brincadeira termina em tragédia na Vila Operária

O pedreiro Valmir da Silva Barth, 50 anos, morreu após cair do capô do carro conduzido pelo genro.
Câmeras mostram o momento em que ele perde o equilíbrio e bate a cabeça no chão.
A família inicialmente relatou atropelamento, mas as imagens desmentiram a versão.
O genro foi ouvido e liberado.


15 de novembro – Pai de quatro filhos morre após colisão na Colombo

O eletricista Delmar França de Campos, 33 anos, morreu ao bater sua moto contra a mureta do viaduto da Colombo. Ele estaria acompanhando o filho de 15 anos, que sofreu ferimentos moderados.
Segundo testemunhas, Delmar foi fechado por um carro cujo motorista fugiu.


20 de novembro – Casal morre após colisão violenta na Avenida Brasil

Alan Christopher Cassol Rodrigues, 20 anos, e Tamiris Alves, 18 anos, morreram após a moto bater contra um poste. Testemunhas relatam que Alan teria saído do semáforo empinando a motocicleta e perdido o controle.
Tamiris entrou em parada cardiorrespiratória e não resistiu.


Os números da tragédia

Entre 30 de outubro e 20 de novembro:

  • 9 mortes em acidentes de trânsito

  • 7 vítimas eram motociclistas

  • 3 jovens tinham entre 18 e 27 anos

  • 2 acidentes envolveram manobras perigosas (empinar moto e brincadeira no capô)

A prevalência de motociclistas entre os mortos confirma um padrão já conhecido na região: alta exposição, velocidade elevada e falta de equipamentos adequados aumentam o risco de fatalidade.

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