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Maringá tem média de 120 órfãos por ano desde 2021, apontam cartórios

Levantamento inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil do Paraná aponta que 120 crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um de seus pais por ano em Maringá. Os dados, pela primeira vez consolidados a nível estadual, mostram ainda que, em 2021, a Covid-19 foi responsável por ao menos um terço da orfandade no município, correspondendo a 59 crianças que perderam seus pais por conta da doença em um total de 185 órfãos.

O levantamento abrange o período de 2021 a 2024, quando foi possível realizar o cruzamento dos dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de óbitos com o registro de nascimento de seus filhos, possibilitando averiguar com exatidão o número de órfãos no país ano a ano. Até a metade de 2019 não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento, inviabilizando uma correlação exata entre ambos os registros, número que ficou consolidado a partir de 2021.

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Foto: Freepik

“Os mais de 2,5 mil órfãos registrados no Paraná, são um retrato impactante das consequências sociais que enfrentamos nos últimos anos, especialmente durante a pandemia da Covid-19. A orfandade registrada nos Cartórios do Paraná reforça a importância de termos dados precisos para compreender a dimensão do problema e planejar políticas públicas que ofereçam suporte a essas crianças e adolescentes”, afirma o presidente da Arpen/PR, Cesar Augusto Machado de Mello. “Como registradores, nosso papel vai além da documentação: buscamos contribuir para uma sociedade mais informada e preparada para enfrentar desafios como esses”, completa.

Segundo os dados consolidados pela Arpen-Paraná via ON-RCPN, além dos 145 órfãos contabilizados em 2021, o ano seguinte registrou 112 crianças que perderam ao menos um dos pais, enquanto 2023 registrou 111 órfãos e, até outubro de 2024, o número já totaliza 112.

Fenômeno da Covid-19

Os dados consolidados do levantamento dos Cartórios de Registro Civil apontam que a Covid-19 deixou, desde 2019, 66 crianças órfãos de pelo menos um de seus pais em Maringá. Se forem consideradas doenças correlacionadas ao coronavírus no período, como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – 1; Insuficiência Respiratória – 7; e Causas Indeterminadas – 3, o número pode chegar a ao menos 77 crianças órfãos por causa de doenças relacionadas à Covid desde 2019.

O levantamento ainda aponta reflexo no aumento do número de órfãos em razão do falecimento de seus pais em doenças como Infarto, AVC, Sepse e Pneumonia, que estiveram relacionadas com a pandemia nos últimos anos. Informação GMC-ONLINE

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