Na manhã desta sexta-feira (28), uma ampla ação integrada entre forças de segurança de cinco estados resultou na deflagração da Operação Concórdia, que combate uma organização criminosa responsável pelo tráfico interestadual de drogas e pela lavagem de dinheiro.
A investigação é conduzida pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil do Paraná em parceria com o 4º Batalhão da Polícia Militar de Maringá, mobilizando cerca de 180 policiais civis e militares nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
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Ao todo, estão sendo cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 42 ordens judiciais de prisão, além do bloqueio de contas bancárias e do sequestro de imóveis e veículos ligados ao grupo.
Estrutura do esquema criminoso
Iniciadas há pouco mais de dois anos, as investigações revelaram uma organização criminosa com forte atuação em Maringá (PR), Loanda (PR) e Campinas (SP). O grupo movimentava grande volume de entorpecentes, enviando diariamente de 100 a 150 quilos de drogas para o estado de São Paulo — principalmente para Campinas. A estimativa aponta para mais de 1,5 tonelada por mês, gerando faturamento milionário.
Durante a apuração, pelo menos nove pessoas foram presas, incluindo um dos líderes, capturado no Paraguai em ação conjunta entre as polícias Civil e Militar do Paraná, a Polícia Federal e autoridades paraguaias.
Em dezembro de 2023, os investigadores localizaram um centro de distribuição de drogas em Maringá, onde duas pessoas foram presas em flagrante com grande quantidade de entorpecentes, malas usadas para transporte e balanças de precisão. Outros três flagrantes ocorreram em rodovias do Paraná: dois em Bandeirantes e um em Cambará.
Lavagem de dinheiro e logística
Segundo a polícia, a lavagem de dinheiro era feita por meio de estabelecimentos comerciais em Maringá, como lojas de veículos e tabacarias. A droga era embalada em malas e entregue a transportadores conhecidos como “mulas”, que seguiam principalmente de ônibus até Campinas.
Megaoperação interestadual
A ação conta com o apoio de diversas unidades especializadas, incluindo o Núcleo de Operações com Cães da Polícia Civil, as 8ª e 9ª Subdivisões Policiais de Paranavaí e Maringá, o Grupo Tigre, equipes da Choque e Rotam da Polícia Militar do Paraná, além de forças policiais de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Dois helicópteros da Polícia Civil do Paraná também foram empregados.
No Paraná, os mandados são cumpridos em Maringá, Paranavaí, Loanda, Porto São José, São Pedro do Paraná, Santa Isabel do Ivaí, Querência do Norte, Sarandi e Pitangueiras.
Declaração
“Essa operação é fruto de um trabalho conjunto, técnico e contínuo de inteligência e investigação, que evidencia a complexidade e a ramificação dessa organização criminosa. A integração entre o Denarc e o 4º Batalhão da Polícia Militar foi fundamental para chegarmos a esse resultado”, afirmou o delegado Leandro Roque Munin, responsável pelo caso.
As polícias Civil e Militar reforçam a importância da colaboração da população e lembram que denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais oficiais, com garantia de sigilo.



