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Operação OFF-LABEL desmantela esquema de tráfico de anabolizantes e lavagem de dinheiro

A Polícia Civil do Paraná, por meio da Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) de Maringá, com apoio das unidades de Londrina, Pato Branco e do Instituto de Identificação, deflagrou a Operação OFF-LABEL, voltada ao combate aos crimes de lavagem de dinheiro e comercialização ilegal de anabolizantes e medicamentos de origem estrangeira.

A ofensiva resultou na prisão de seis pessoas — três homens e três mulheres — e na apreensão de seis veículos de alto padrão, avaliados em aproximadamente R$ 1,24 milhão. Entre os bens apreendidos estão um Tiggo 7, três Tiggo 8, uma Kia Sportage e uma motocicleta Honda GL 1800 Gold Wing Tour, modelo de luxo e elevado valor comercial.
Também foram encontrados anabolizantes, medicamentos irregulares e uma arma de fogo.

As investigações tiveram início após funcionários dos Correios suspeitarem de algumas encomendas e comunicarem a DENARC de Maringá. O conteúdo dos pacotes chamou atenção: anabolizantes e medicamentos ilegais estavam ocultos dentro de eletrodomésticos, como chaleiras elétricas e panelas de pressão.

A partir das apreensões e da análise das movimentações financeiras dos investigados, os policiais identificaram uma organização criminosa estruturada, responsável por movimentar mais de R$ 4 milhões — valores totalmente incompatíveis com os rendimentos declarados.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha utilizava empresas de fachada, contas de passagem e sofisticadas técnicas de dissimulação patrimonial, praticando todas as fases da lavagem de dinheiro: colocação, ocultação e integração.
O esquema de envio interestadual dos anabolizantes incluía remetentes falsos e disfarce dos produtos em objetos domésticos.

Diante da gravidade dos fatos, a Justiça deferiu, após representação da Polícia Civil, prisões preventivas, buscas e apreensões, quebra de sigilos bancário e fiscal, além do bloqueio de ativos, imóveis e veículos.

O delegado Leandro Roque Munin, responsável pelas investigações, destacou que a operação atingiu o núcleo financeiro da organização criminosa:

“Atingimos diretamente a estrutura patrimonial do grupo criminoso, interrompendo o fluxo de recursos e enfraquecendo sua capacidade operacional. A repressão qualificada é essencial para combater o crime organizado de forma eficaz.”

As investigações continuam com o objetivo de identificar outros envolvidos, rastrear a origem dos recursos e ampliar a responsabilização dos integrantes.

📢 A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população e lembra que denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais oficiais, com garantia de sigilo.