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Operação Transparência do Gaeco prende major da Polícia Militar, em Maringá

Os núcleos de Umuarama e Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram nessa terça-feira, 23, em Maringá, um mandado de prisão contra o major Alexandro Gomes, da Polícia Militar do Paraná. Também foram cumpridas ordens de bloqueio de bens no valor de R$ 344 mil.

As medidas foram cumpridas no âmbito da Operação Transparência – um desdobramento da Operação Zero Um, que investiga o suposto uso da função para obtenção de vantagens indevidas por parte do oficial. O major chegou a cumprir prisão domiciliar, mas agora foi preso preventivamente.

A investigação teve início em setembro de 2024 e, segundo o Ministério Público, a apuração obteve evidências de que o oficial realizava de forma sistêmica a cobrança e o recebimento de propinas. A denúncia foi recebida pela Justiça e corre na Vara da Auditoria da Justiça Militar, em Curitiba.

Outro lado

A defesa do investigado considerou a prisão desproporcional. Confira a nota enviada à redação:

“A defesa do Major Alexandro Marcolino, por meio da presente nota, vem a público reafirmar seu compromisso com a verdade, com a legalidade e com a preservação das garantias fundamentais asseguradas pela Constituição da República. A prisão cautelar decretada contra o Major Alexandro Marcolino mostra-se medida desproporcional e inadequada ao atual estágio processual, representando afronta ao princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88), garantia que constitui um dos pilares do Estado Democrático de Direito.

É imprescindível destacar que a prisão preventiva não pode ser utilizada como antecipação de pena ou como instrumento de coação. Sua aplicação somente se legitima em hipóteses de comprovada necessidade, devidamente fundamentadas, o que não se verifica no caso em tela.

Cumpre ainda ressaltar que o Major Alexandro Marcolino, ao longo dos 26 anos de sua carreira, sempre pautou sua conduta pela disciplina, pelo respeito à lei e pela dedicação ao serviço público.

A decisão que lhe impôs a custódia cautelar gera reflexos não apenas em sua vida pessoal, mas também em sua família, que atualmente enfrenta sérias dificuldades com sua ausência, agravando o sofrimento de seus entes queridos diante de uma medida que não encontra amparo na proporcionalidade exigida pela ordem jurídica.

A defesa manifesta sua confiança nas instituições de Justiça, convicta de que a análise serena e técnica dos fatos conduzirá à revisão desta decisão, restabelecendo-se a liberdade do Major Alexandro Marcolino e reafirmando-se o compromisso da sociedade com os valores constitucionais.”

Reportagem atualizada às 9h26 de 24/09/2025 para acrescentar a nota da defesa

Fotos de Operação Transparência do Gaeco prende major da Polícia Militar, em Maringá

Via GMC-online