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PF deflagra nova fase da Operação Mafiusi e mira núcleo financeiro de organização criminosa; Em um dos alvos em Maringá, uma Ferrari, uma Porsche e uma Mercedes foram apreendidas

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16), uma nova fase da Operação Mafiusi, com o objetivo de desarticular o núcleo financeiro de uma organização criminosa envolvida em esquema de lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas.

Ao todo, estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba (PR), Maringá (PR), São Paulo (SP), Santana de Parnaíba (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Caetano do Sul (SP), Ribeirão Pires (SP), Peruíbe (SP) e Jardinópolis (SP). As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores, bem como o sequestro de imóveis pertencentes aos investigados. O montante bloqueado chega a R$ 13,8 milhões, segundo estimativas da Polícia Federal.

De acordo com as investigações, o grupo investigado seria responsável por operacionalizar a movimentação e a lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico internacional, utilizando uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas, incluindo fintechs e empresas de fachada, para movimentar valores milionários em diversas contas bancárias.

A nova etapa da operação é resultado da análise de materiais apreendidos na primeira fase da Mafiusi, deflagrada em dezembro de 2024. Na ocasião, os investigadores identificaram evidências de um sofisticado esquema de transações de câmbio paralelo (dólar-cabo), uso de documentos falsos e contratos fictícios de locação de veículos e máquinas, tudo com o objetivo de dissimular a origem ilícita dos recursos.

As apurações também apontam que a liderança da organização teria investido parte do dinheiro do tráfico na aquisição de um time de futebol, por meio de laranjas com antecedentes criminais. A PF afirma ainda que há provas de continuidade no envio de cocaína para o exterior e ligações diretas com a cúpula de uma facção criminosa paulista.

A Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná informou que as investigações seguem em andamento.