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Rapper Thiagão recebe homenagem da Câmara de Maringá

A Câmara Municipal de Maringá homenageou nesta quinta-feira, 3, o rapper, missionário e líder comunitário Thiagão com a concessão do Título de Mérito Comunitário e o Brasão do Município, em reconhecimento à sua trajetória de superação e ao impacto social de seu trabalho. A iniciativa é de autoria dos vereadores Guilherme Machado e Maninho.

Natural de Umuarama, Thiago de Oliveira de Castro, mais conhecido como Thiagão, vive há 19 anos em Maringá, onde atua na Igreja Batista Hortência e comanda o projeto Deus é Mais, voltado ao apoio de moradores de rua, casas de recuperação e comunidades terapêuticas. Por meio do projeto, distribui alimentos, itens de necessidade básica e leva mensagens de fé e transformação.

Mas a história de Thiagão é marcada por grandes reviravoltas. Ainda jovem, envolveu-se com o crime e foi preso duas vezes, em 2003 e 2008, por porte de drogas e armas. Sua relação com o rap começou cedo, aos 15 anos, e ganhou notoriedade com o grupo Conexão do Gueto e, posteriormente, com os Kamikazes do Gueto, um dos maiores grupos do gênero no Brasil. Em 2012, no auge da carreira, decidiu abandonar o grupo e as letras agressivas, após se converter ao cristianismo.

A partir daí, passou a usar a música como ferramenta de transformação social. “É mais que um artista, é um homem com uma missão de vida. O evangelho potencializa sua arte e faz do seu talento um instrumento para sua missão”, afirma Thiagão.

Durante a homenagem, o vereador Guilherme Machado destacou a trajetória de superação do rapper. “Thiagão é prova viva de que é possível transformar a vida. Hoje ele usa a cultura para passar valores e levar esperança a quem mais precisa”, declarou.

O vereador Maninho também ressaltou a importância da música como instrumento de conscientização social. “Suas músicas já protestavam por lutas que nós, vereadores, travamos há anos: mais segurança, saúde e educação nos bairros”, disse.

Thiagão, emocionado, afirmou que a pandemia o fez repensar onde atuar. “Percebi que aquilo que fazíamos em outras cidades precisava ser feito aqui. Nosso projeto hoje atende a cadeia, moradores de rua e casas de recuperação da nossa região. Queremos fazer a vida do outro melhor do que se a gente não existisse”, afirmou.

Ele também fez questão de valorizar sua equipe e os “anônimos” que constroem o projeto ao seu lado. “Não quero ser reconhecido pelo número de seguidores, mas pela história que estamos construindo. A causa maior é o anônimo. Aquele que perdeu tudo e precisa de uma chance real”, concluiu.

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